A Datilógrafa é uma comédia romântica francesa tenta reproduzir, em pleno século XXI, o charme e a ingenuidade dos filmes americanos dos anos 1950, quando Audrey Hepburn e outras estrelas atuavam em tramas sobre as diferenças entre homens e mulheres. Desde então, as conquistas sociais femininas evoluíram bastante, de modo que a escolha vintage do diretor Regis Roinsard representava um risco artístico e comercial: se o filme tivesse uma boa bilheteria, seria acusado de apenas copiar um filão de sucesso; se fracasse, seria acusado de não se conformar à época atual. Na França, onde a produção superou a boa marca de um milhão de espectadores, prevaleceu a primeira acusação. Muitos críticos reclamaram da previsibilidade da trama. Ora, neste gênero em particular, a inovação narrativa sempre importou menos do que a recompensa de se encontrar a conclusão prometida. A Datilógrafa também baseia...